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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cuidados com Potros Recém Nascidos



        Para pensarmos em cuidados com potros recém nascidos, primeiro devemos pensar no planejamento organizacional e o estabelecimento de um calendário de cuidados até mesmo antes do nascimento do mesmo. Esse processo garantirá o sucesso da sua criação, dos seus negócios e da saúde do plantel.
        A estrutura da propriedade é o primeiro passo para quem planeja trabalhar com cria e recria de equinos, montando um mapa da propriedade, começando com a separação das diferentes categorias de animais existentes no local, desde éguas prenhes, éguas solteiras, potros desmamados, potros sobreanos, animais  adultos e garanhões. Isso facilitará o manejo dos animais, tanto no sentido organizacional e estrutural, quanto na saúde dos animais, com uma melhora na proteção dos animais. É bom sempre lembrar ainda que animais recém introduzidos na propriedade fiquem de quarentena e animais de esporte ( se houver ), não tenham contato com éguas prenhes e potros recém nascidos.


        Nos últimos três meses de gestação, é recomendável que a égua seja transferida para a pastagem pré-maternal, onde receberá suplementação alimentar adequada e fornecimento adicional de sais minerais, devidamente equilibrados em cálcio e fósforo. Já nos últimos quinze dias da gestação e égua deve ser conduzida para um piquete exclusivo para esta categoria, chamado de piquete maternidade, para uma melhor observação e possível auxilio imediato.
        
        O nascimento do potro vem com cuidados diretos com o mesmo. Retirar as membranas fetais que o envolvem, desobstruir as narinas, fazendo ficção com os dedos sobre o nariz no sentido cabeça-focinho e com tecido limpo, providenciar limpeza do animal, com fricções suaves nas  regiões torácica e dorsal. Esse procedimento auxiliará o potro nas primeiras horas de vida.
        O corte do cordão umbilical deve ser feito a dois dedos aproximadamente abaixo do umbigo com posterior desinfecção.


        Chegou a hora da amamentação e o consumo do colostro deve ser em maior quantidade possível nas primeiras 36 horas, após esse tempo o potro já não absorverá os anticorpos transportados pelo leite.
        O colostro como também para outros animais é de suma importância, por ele todo o suporte nutricional e a imunidade passiva será transferida. Existe uma complicação em que éguas podem ficar sensibilizadas a hemácia, pela passagem de hemácias fetais para a circulação sanguínea materna, via placenta. Neste caso os anticorpos adquiridos estarão concentrados no colostro e este será ingerido pelo potro.  A ingestão desse liquido será absorvida pela parede do intestino, atingindo a circulação, havendo destruição maciça das hemácias do mesmo.
         Apatia ou fadiga, aumento da frequência cardíaca, anemia e urina avermelhada em prazo de 24 a 48 horas pós parto, serão sinais clínicos de doença hemolítica no potro(a).


         Finalizando a matéria de hoje, vou insistir no conforto em que esses animais devem ser criados, com baias fartas de no minimo 3,6m/3,6m, onde o animal possa ter uma melhor satisfação comportamental, com condições de caminhar, deitar, e exercer funções biológicas sem restrições significativas. Isso ajudará em várias situações, como exemplo, na melhor circulação de ar, evitando um aumento dos níveis de dióxido de carbono, que dificultará a respiração dos animais, podendo causar transtornos irreversíveis em situações prolongadas, além de dificultar a fermentação, que ajudaria na proliferação de microrganismos que posteriormente atacariam a saúde do animal.

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